Desafio você: é o olho do dono que engorda o gado?
Por Maria Luiza Wolk
Vamos lá para mais um pensamento curioso; essa frase de que os olhos do dono engordam o gado é constante ainda hoje em qualquer conversa e uma “verdade” pouco contestada. Ainda mais porque os donos olhando, acompanhando e cuidando fazem mesmo toda a diferença. É uma crença e ditado popular difícil de quebrar, concorda?
Pelo começo, toda fase inicial de um negócio precisa sim dos olhos do dono até por ser uma empresa de estrutura pequena e, na sua maioria, com poucos recursos e mecanismos de acompanhamento, então essa máxima é verdadeira e relevante.
Mas quando o negócio toma um outro corpo… mais colaboradores, vários setores e diversificação de produtos, como agir? O fundador nem sempre pode abarcar todas as funções e estar a par das micro gestões. É fundamental que, com o tempo, a organização e funcionamento da empresa desmame da imagem de uma única pessoa.
E como experimentar saídas para que o cansaço e uma gestão centralizadora não faça com que haja uma retração no desenvolvimento da empresa e ela decole como se deve?
Alguns pontos aqui, eu gostaria de pensar junto com você, corretor:
1- Um planejamento estratégico
Todos os líderes devem se sentir responsáveis e envolvidos na gestão da empresa e fazer com que cada núcleo de desenvolva em harmonia com as demais áreas do negócio. Uma orquestra afinada. Reuniões constantes de engajamento e encorajamento da liderança aquecem toda a engrenagem da imobiliária.
O dono é quem guarda o espírito (missão e valores) do negócio e dos macros objetivos. A cada líder deve ser delegado os indicadores de acompanhamento de todo o processo. Eles precisam se sentir responsáveis pelos resultados.
2- Estabelecimento de boas práticas
Comunicação, rituais de mensuração e acompanhamento de todos os planos devem ser claros e constantes. Boas práticas diárias e processos bem definidos fazem com que cada um saiba o seu papel na empresa.
3- Identificação e preparação constante de sucessores
Já ouviu falar em “turn over” e o desgaste que isso gera? Turn over é a taxa de rotatividade dentro da empresa. O ciclo de aprendizagem de cada colaborador é alto até que ele se alinhe aos processos do negócio. Portanto deixar com que cada um saiba o seu papel, mas que entenda o trabalho do outro; é uma forma de desenvolver talentos e sucessores, quando necessário. Confiança e desapego devem ser cultivados para que haja o compartilhamento de poder e tarefas
4- Inovação e leitura de futuro
O fundador ou proprietário não deve ficar a frente da operação diária. Para um negócio autossuficiente, ele precisa focar nas estratégias, tendências e inovação. Olhar para a frente: o presente na mão dos líderes e o proprietário com os olhos no futuro.
5- Disseminação da cultura organizacional
Quanto mais longeva é a empresa, mais a sua cultura é forte. A cultura é impalpável, mas é sentida. Olhar o gado a todo o tempo é impossível, as ter ao lado pessoas que se coadunam do DNA da empresa e comunguem dos seus valores é uma boa forma de cuidar do gado e observar a engorda.
Constância, disciplina, comunicação e cuidado… são todos os valores que o dono deve acompanhar com mãos rígidas para que o seu grupo toque adiante seu maior projeto. Senso de dono é isso que precisamos desenvolver em cada coraçãozinho dentro da empresa!
O trabalho é fácil? De forma alguma, mas há planos, métodos e processos para isso!
Voa, corretor!